terça-feira, 8 de março de 2011

Casei de chorar, fingir, cair, lamentar, retroceder, cair, magoar, ser magoada, atrapalhar, fracassar, perder, casei de simplesmente, cansar. Algumas vezes, me pego cansada de nada, ou até mesmo de tudo. O sol que muitas vezes desapareceu durante o inverno que castigou sem piedade, minhas manhãs de agosto, queima cada mísero desejo de prosseguir lutado, arrasa todas as minhas forças guardadas na mais profunda parte do meu ser. Me cansa permanecer sentada esperando por momentos que nunca virão, desejando acontecimentos apenas planejados, ou até mesmo apreciando a brisa que brevemente balançou meus cabelos e me acordou para a realidade. Ah, a realidade, também me cansa. Estou exausta de ensaiar diálogos nunca vividos, revirar noites inteiras esperando por dias melhores. Cansei de imaginar tolices, sonhos impossíveis, planos e metas que nunca sairão do papel. Cansei de vestir essa fantasia ridícula de quem quer ser aceito, bem visto, essa ridícula manta de sorrisos, felicidade e meras tolices que bem no fundo, não passam de teatro barato. E quer saber? Eu cansei de absolutamente tudo o que me rodeia. Espero apenas encontrar algo que me tire o fôlego, que me canse os olhos, mas que mantenha a alma segura, e o coração a palpitar. Cansei de esperar, eu quero mesmo é fazer acontecer.

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