segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Eu queria te deitar no meu colo em dias frios como esse, te contar de como me sinto frágil e desprotegida durante o inverno, em como minhas lágrimas têm uma tendência maior a caírem durante essa estação, você riria e me faria abraçar-te, mesmo que ainda deitado. Eu, sem jeito, tentaria inúmeras vezes, mas não conseguiria dar-te um abraço digno de todo o aconchego que busco em você. Você, sem dizer uma só palavra, pegaria meus braços e me colocaria sobre o teu peito, fazendo meu sorriso tímido aparecer no canto da boca e me tornando uma verdadeira criança que trocaria qualquer dia ensolarado pelo doce timbre de sua voz. Me abraçaria forte e perguntaria se ainda estava com frio, mas a essa altura, encontraria-me profundamente hipnotizada pelo brilho dos teus olhos e demoraria frações de segundos para entender-te. Responderia, no final, que não existe frio ou medo algum ao teu lado, que verões e invernos poderiam transcorrer-se durante anos, e ainda assim, permaneceria incrivelmente confortável nos braços teus. Você apertaria minhas bochechas, beijaria-me a testa e chamaria-me de minha menina - se ao menos fosse real aqui, como é em mim.

Daiane Ester

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